O presidente da Câmara de Famalicão, Mário Passos, não compreende a possibilidade de encerramento da maternidade local.
Em declarações à Renascença, Mário Passos destaca o que diz ser o bom desempenho e boa influência nas regiões envolventes da maternidade de Famalicão.
“A maternidade de Famalicão não tem sido notícia por más razões, pelo contrário. Tem sido notícia pelo seu bom desempenho, pela sua grande área de influência que tem Famalicão, Santo Tirso, Trofa e outros concelhos”, afirma o autarca.
“Por isso a minha perplexidade. Não compreendo porque é que, sendo uma maternidade a funcionar, se pensa sequer nesse assunto. Não se pode resolver problemas de outras maternidades fechando aquelas que funcionam bem”, sublinha.
Apesar de ser apenas uma possibilidade, o autarca Mário Passos diz que vai desenvolver todos os esforços necessários para que o encerramento da maternidade de Famalicão não se concretize.
Já está fechado o documento para entregar ao Governo sobre a reorganização da rede de urgências de obstetrícia e blocos de partos.
A proposta dos peritos vai ser entregue ao ministro da Saúde, logo que Manuel Pizarro tenha disponibilidade.
Ao que a Renascença apurou, a maternidade de Famalicão é uma das que pode estar em risco. Faz menos de mil partos por ano e está a cerca de 30 quilómetros da Póvoa do Varzim (com mais de 1.200 partos por ano) e a pouco mais de 40 de Matosinhos onde o hospital Pedro Hispano é até a grande exceção nível nacional: numa altura em que a redução de partos no serviço público é transversal a todo o país ali o número de partos aumentou.