O julgamento do ex-Presidente norte-americano Donald Trump por falsificação de registos comerciais foi esta quarta-feira marcado para 25 de março do próximo ano, tendo o antigo chefe de Estado sido alertado para as restrições à partilha das provas.
De fato azul-escuro e gravata vermelha, o candidato à nomeação republicana para as eleições presidenciais de 2024 apareceu de forma remota a partir da Florida, evitando o alvoroço e o dispositivo das forças de segurança ativado há sete semanas e que colocou os serviços de segurança da cidade de Nova Iorque em alerta, noticia a agência France-Presse (AFP).
O 45.º Presidente dos Estados Unidos da América, que governou o país entre 2017 e 2021, declarou-se inocente de 34 acusações de fraude contabilística relacionadas com pagamentos para encobrir casos embaraçosos durante a campanha presidencial -- incluindo 130 mil dólares para comprar o silêncio de uma atriz pornográfica sobre uma alegada relação entre ambos.
O juiz Juan Merchan marcou, então, o julgamento para o final de março, altura em que decorrem as primárias republicanas.
O magistrado proibiu Trump de publicar nas redes sociais certos elementos do processo, incluindo provas fornecidas pela acusação para que prepare a sua defesa.
O juiz, que disse que Trump poderia ser detido por desrespeito ao tribunal caso não cumpra a ordem, estipulou ainda que este poderá consultar certos documentos com a sua defesa, mas que não os poderá fotocopiar, fotografar ou transcrever.
O ex-Presidente está ainda proibido de divulgar nomes dos funcionários da procuradoria-geral de Manhattan, onde foi acusado.
Esta decisão decorre de um pedido da procuradoria, que recordou o hábito do antigo chefe de Estado de atacar as testemunhas e os procuradores.