O autoproclamado Estado Islâmico libertou 37 cristãos de um grupo de mais de 200 que foram raptados em Fevereiro, da região de Khabour, no Iraque.
A libertação foi anunciada por várias organizações, incluindo o grupo A Demand for Action (ADFA), com sede na Suécia, onde existe uma grande comunidade de assírios, a etnia a que pertencem muitos dos cristãos originários daquela região.
As negociações foram conduzidas pela Igreja Assíria do Oriente, uma igreja ortodoxa a que pertencem muitos dos cristãos que foram raptados. Não há indicação sobre se foi pago um resgate, embora o Observatório Sírio dos Direitos Humanos indique que foi pago um valor substancial.
Os cristãos libertados são na sua maioria idosos, tanto homens como mulheres. Segundo o ADFA entre as pessoas libertadas encontra-se a mãe de um cristão que foi degolado pelos jihadistas há semanas, e que só terá sabido da morte do seu filho agora que foi libertada.
Em declarações ao site “Christian Today”, uma porta-voz da ADFA manifestou a alegria da organização, mas também a frustração de quem continua a ser perseguido na sua própria terra. “É pena que continuemos abandonados à nossa sorte e que os nossos pedidos de ajuda tenham sido ignorados por tantos líderes mundiais desde a invasão de Mosul, que levou a que tantos dos nossos irmãos se tornassem mendigos no seu próprio país. Alguma vez se sentiu um estranho na sua terra? É assim que nós nos sentimos. Os nossos filhos merecem um futuro e não deve ser debaixo do Estado Islâmico e da sua brutalidade”, refere Diana Yaqco.
Desde o rapto dos cerca de 220 cristãos em Fevereiro de 2015 vários pequenos grupos de cristãos foram libertados e outros foram executados. Acredita-se que ainda haja cerca de 150 reféns, mantidos pelo Estado Islâmico.