O presidente da Comissão de Gestão (CG) do Sporting, Artur Torres Pereira, desmentiu completamente a alegação de Bruno de Carvalho de que teria uma providência cautelar que impugnaria a sua destituição na assembleia geral de 23 de junho e que o reporia como presidente.
"Analisada e conferida a documentação nas instalações do clube, concluiu-se, afinal, ser tudo mentira, porque não existe qualquer fundamento ou decisão judicial que suspenda a deliberação tomada pelos sócios na assembleia geral de 23 de junho e que permita ao ex-presidente destituído resumir as suas antigas funções", atirou Torres Pereira, esta sexta-feira, em comunicado conjunto dos órgãos sociais.
O líder da CG contou que Bruno de Carvalho recusou "retirar-se das instalações do Sporting CP de forma voluntária, mesmo depois de provado que o que trazia era uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma", e que teve de ser a PSP a garantir a sua saída. Torres Pereira acusou Bruno de "mentir e desestabilizar o clube, uma vez mais, numa demonstração de irresponsabilidade que nenhum sócio pode apoiar".
"Lamentamos e repudiamos profundamente este episódio", afirmou Torres Pereira. "Já estamos, infelizmente, habituados às atitudes de desprezo e desrespeito por parte do ex-presidente destituído pelos sócios para com os próprios sócios, adeptos, atletas e clube em geral. Todavia, hoje todos os limites foram ultrapassados", frisou.
"Vaidade e egoísmo pessoais" de Bruno não ameaçam eleições
O presidente da CG assinalou que, "num momento crucial para o clube, que tenta recompor-se dos desvarios e dos erros" de Bruno de Carvalho, o ex-presidente "demonstrou continuar a ser um foco de confusão, de perturbação e de desestabilização, colocando como é hábito os seus interesses e ambições pessoais à frente dos interesses do Sporting CP".
Torres Pereira acrescentou que, "quanto mais o clube precisa de paz, mais o ex-presidente semeia guerras", além de incomodar o plantel e "desestabilizar" a SAD: "Quanto mais a união da família sportinguista é essencial mais o ex-presidente destituído instiga a sua desunião".
A Comissão compromete-se a "não permitir nem deixar passar em claro que manobras de decisão ridículas ou exibições de vaidade e egoísmo pessoais" se sobreponham ao rumo que pretende dar ao Sporting.
Torres Pereira garantiu que, até às eleições no Sporting, marcadas para 8 de setembro, a estrutura dos órgãos sociais não se alterará.