José Fernando Rio, candidato às eleições do FC Porto em 2020, em que ficou em segundo lugar com quase 25% dos votos, acha “bem” que o Ministério Público (MP) investigue os acontecimentos da assembleia geral (AG) de 13 de novembro, mas aponta responsabilidades ao clube.
O jurista e empresário classifica a noite de segunda-feira como “uma vergonha” e uma “página negra na história do FC Porto”, embora receie que o MP não consiga “arranjar provas” para atuar.
“O Ministério Público tem liberdade total de ação. Não estou convencido de que consiga reunir muita prova, mas acho bem, porque houve desacatos, insulto e ameaças, são atos que devem ser investigados”, diz, em declarações a Bola Branca.
Para José Fernando Rio, a responsabilidade de agir é do próprio FC Porto, que, segundo o jurista, tem toda a capacidade para o fazer. Apesar disso, o antigo candidato teme que não haja “vontade” dos dirigentes portistas para atuar.
“Todos os órgãos sociais estivavam presentes, viram o que se passou e há imagens. Se o clube quiser atuar, e preservar a sua imagem, tem todos os meios para agir, não sei é se tem essa vontade. Eu gostava que tivesse”, completa.
Face ao sucedido, Rio pede que se “tomem medidas” para a nova assembleia geral, adiada para o dia 20 de novembro.
“Mais segurança privada ou segurança pública, depende do presidente da Mesa da AG. Não se pode voltar a repetir”, explica.
Candidatura de Villas-Boas “é positiva”
José Fernando Rio, candidato derrotado em 2020, já anunciou na Renascença a forte probabilidade de concorrer às próximas eleições, em 2024.
Pela frente, terá um adversário de peso já pré-anunciado: o antigo treinador dos dragões André Villas-Boas. Não obstante, o jurista vê com bons olhos a adição do antigo técnico à corrida.
“Obviamente, é positivo. Após tantos anos de ausência de candidaturas, qualquer sócio é bem-vindo, porque o FC Porto precisa de mudanças. Se o André Villas-Boas se quer juntar a esta luta, acho muito bem”, afirma, nesta entrevista à Renascença.
Tal como a de Villas-Boas, a candidatura de José Fernando Rio ainda não está formalizada. Questionado sobre a possibilidade de unir forças com o antigo técnico dos dragões, o empresário afirma que “está disposto a tudo pelo bem” do clube, mas ressalva que “ainda é cedo” para projetar cenários eleitorais.