O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, afirma querer agir rapidamente para enviar à Ucrânia uma quantidade significativa de material militar para que o país possa colocar-se numa posição mais fortalecida à mesa das negociações.
A ideia vem expressa num artigo de opinião assinado por Joe Biden e publicado na página da internet do jornal “The New York Times”.
“Foi por isso que decidi que forneceremos aos ucranianos sistemas de mísseis e munições mais avançados que permitirão atacar com maior precisão os principais alvos no campo de batalha, na Ucrânia", afirma, especificando tratar-se de mísseis antitanque Javelin, produzidos em território norte-americano, ainda mísseis anti-aéreos Stinger, artilharia pesada, radares, veículos aéreos não tripulados, helicópteros Mi-17 e munições, entre outro tipo de equipamento, para além do envio de mais dinheiro, em assistência financeira.
Já citado pelas agências internacionais, um alto funcionário da Casa Branca revela que nesta quarta-feira, os EUA anunciam a entrega de um 11º pacote de ajuda militar à Ucrânia, incluindo sistemas Himar (High Mobility Artillery Rocket System), que permitem o lançamento de rockets a partir de blindados mais leves.
O mesmo responsável esclarece que os sistemas de mísseis vão servir para repelir os avanços das tropas russas, referindo que não serão usados contra o território da Rússia.
De recordar que aos jornalistas, Joe Biden já tinha dito que não iria enviar material militar à Ucrânia capaz de atingir território russo.
EUA rejeitam intervir desde que não sejam atacados
No mesmo artigo de opinião, publicado pelo jornal “The New York Times”, o Presidente norte-americano sublinha que os Estados Unidos não procuram uma guerra a Rússia e não irão intervir diretamente no conflito, a menos que as forças da NATO fiquem sob ataque.
“Não procuramos uma guerra entre a NATO e a Rússia. (…) Enquanto os EUA ou os nossos aliados não forem atacados, não estaremos diretamente envolvidos neste conflito, seja enviando tropas americanas para lutar na Ucrânia, ou atacando as forças russas”, ao meso tempo que sublinha a necessidae de reforçar o flanco leste da NATO.
Joe Biden também enfatiza que o objetivo dos Estados Unidos é “ver uma Ucrânia democrática, independente, soberana e próspera com os meios para dissuadir e defender-se contra novas agressões."
O Presidente norte-americano assegura que não tem intenção de encorajar ou permitir “que a Ucrânia ataque para além das suas fronteiras” e adianta que estão em preparação novas sanções contra a Rússia.