Luís Filipe Vieira deu entrada no Pavilhão n.º 2 da Luz para exercer o direito de voto no ato eleitoral para os órgãos sociais do Benfica, perto das 15h da tarde deste sábado.
À chegada, foi recebido com insultos por parte de alguns adeptos que se encontravam no pavilhão. A seguir às declarações que prestou aos jornalistas, a PSP teve de ser chamada ao local para intervir.
Foi a primeira aparição do ex-presidente do Benfica depois de ter sido detido e constituído arguido no âmbito do processo “Cartão Vermelho”.
Em declarações, Luís Filipe Vieira defende que nada fez contra o Benfica. "Não consegui acabar o que pensei, e toda a gente sabe o que se passou comigo. A única coisa que quero adiantar a todos os benfiquistas é que não lesei e nunca roubei o Benfica".
O ex-presidente do Benfica diz que irá "até às últimas consequências" para se defender. "Sei que sou perseguido, sinto-me como peça de caça, mas não vou permitir que façam isso. Decapitaram o Benfica, e isso assustou muita gente", declarou.
"Continuo com motivação para me defender, e um dia mais tarde logo saberemos o que vamos fazer a seguir. Estarei sempre presente para os benfiquistas. Tive desilusões com pessoas dentro do Benfica depois da prisão, mas são coisas que digo um dia mais tarde".
À saída, Filipe Vieira deixou a promessa de que, em breve, iria falar aos benfiquistas. "Há uma coisa que irei fazer de certeza: irei falar para a família benfiquista e dizer tudo aquilo que se passou comigo. Tenho lugar para me defender e continuar de cabeça bem erguida. Tive muitas manifestações de benfiquistas e nunca ninguém me agrediu verbalmente na rua, pelo contrário. Tive muitas manifestações de apoio. Sinto-me bem, tenho a consciência tranquila. Nada fiz contra o Benfica, e o que disseram posso garantir que é mentira", disse.