Três pessoas morreram e pelo menos três ficaram feridas esta sexta-feira num ataque a tiro no centro de Paris, adiantaram as autoridades parisienses ao início da tarde.
Um balanço inicial dava conta de dois mortos e quatro feridos, dois deles em estado grave. Um dos feridos não resistiu aos ferimentos; um outro continua em estado grave, adiantou a polícia.
Um suspeito, um homem de 69 anos e de nacionalidade francesa, foi detido no local. A procuradora pública Laure Beccuau adianta que o suspeito já era conhecido das autoridades, tendo sido investigado por duas suspeitas de homicídio.
O "Le Monde" adianta que as três vítimas mortais eram curdas e que o alegado atacante estava a aguardar julgamento em liberdade desde dia 12 de dezembro, depois de ter estado quase um ano em prisão preventiva por um ataque a um campo de migrantes num outro bairro de Paris.
O mesmo jornal adianta que o homem estava sujeito a proibição de porte de arma e de saída do território francês.
O caso está a ser investigado como potencial crime de ódio, adiantou Beccuau.
Aos jornalistas, Alexandra Cordebard, a presidente do 10.º distrito de Paris, onde o ataque teve lugar, confirmou que "os tiroteios correram no centro comunitário curdo localizado na Rue d'Enghien, bem como num restaurante mesmo em frente ao centro comunitário e num cabeleireiro".
A mesma fonte adiantou que "o bairro deverá ficar encerrado todo o dia".
A procuradoria já abriu um inquérito ao caso, cuja investigação não está, para já, entregue à procuradoria anti-terrorismo de França.
A autarquia e as autoridades policiais continuam a pedir aos residentes que evitem o local do tiroteio, onde decorrem trabalhos de perícia.
Entretanto,na sequência deste ataque, o Governo francês pediu à polícia que reforçasse a proteção das comunidades curdas espalhadas por França, adiantou o ministro do Interior, Gerald Darmanin, em visita ao local.
Aos jornalistas, o governante disse desconhecer os motivos do agressor, um cidadão francês de 69 anos de idade que "ao que se sabe à data" agiu sozinho.
Já depois da visita de Darmanin, o local do tiroteio tornou-se campo de batalha entre manifestantes curdos e as autoridades, com os confrontos a provocarem pelo menos 11 feridos, todos agentes da polícia.
[atualizado às 16h35]