Na Madeira “já tínhamos saudades”, de receber as comemorações do 10 de Junho, desabafa o bispo do Funchal.
Em declarações à Renascença, D. Nuno Brás recorda que o arquipélago foi palco das celebrações nos anos oitenta do século passado e ao longo dos últimos dois anos também foram adiados os festejos dos 600 anos da descoberta do arquipélago.
“Já aqui tinha acontecido uma celebração do 10 de Junho, creio que em 82, mas já estávamos com saudades deste afirmar de que a Madeira é Portugal, com toda a sua autonomia e não se compreende hoje a Madeira sem a autonomia. O Portugal que vivemos e que temos é este, com as autonomias regionais, e que bom que é! Mas ao mesmo tempo também a Madeira não se compreende sem o todo nacional e, portanto, as celebrações do 10 de Junho aqui são uma oportunidade para manifestar isso mesmo”, diz.
“Depois, são também uma oportunidade para celebrar os 600 anos da descoberta da Madeira, celebrações que deviam ter sido há dois anos, mas não foram por uma série de motivos, o ano passado foi a pandemia e à terceira foi de vez.”
Para D. Nuno Brás esta é ainda uma oportunidade de reconhecer a situação privilegiada que a Madeira tem tido ultimamente, em termos de pandemia. “É também reconhecer uma situação muito privilegiada que a Madeira tem tido em relação a esta pandemia, de relativamente poucos casos diários e da existência de poucos casos de Covid, o que nos dá uma certa possibilidade também de fazer as celebrações com alguma à vontade, que não teríamos se fosse em Lisboa, por exemplo.”
Marcelo Rebelo de Sousa escolheu a Madeira para a habitual cerimónia e parada militar que começa às 11h, na Avenida do Mar, na marginal do Funchal