O antigo presidente da PT Zeinal Bava, um dos arguidos na Operação Marquês, manifestou esta quarta-feira a vontade de esclarecer tudo na fase de instrução do processo.
À chegada ao Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, Zeinal Bava disse que "chegou o momento de, com serenidade, aqui no tribunal esclarecer tudo". "É isso que eu quero fazer", acrescentou.
Zeinal Bava lembrou que tinha o direito de não falar, mas dispôs-se a deslocar-se de Londres para Lisboa "para esclarecer tudo" perante o juiz de instrução Ivo Rosa.
O antigo presidente da PT está acusado por corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada.
Para o Ministério Público, entre finais de 2007 e 2011, Zeinal Bava recebeu mais de 25 milhões de euros através de uma sociedade do Grupo Espírito Santo.
Para a acusação, o ex-primeiro-ministro José Sócrates, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, antigo gestor da PT, terão recebido dinheiro para atuarem no interesse do ex-presidente do BES Ricardo Salgado na PT.