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Cerca de três meses depois de o ministro Tiago Brandão Rodrigues ter anunciado a contratação de mais de mil assistentes operacionais, os diretores das escolas não conhecem qualquer processo que tenha sido ainda concluído.
“Estou convencido que, neste momento, nenhum processo está concluído, ou seja, nenhum funcionário ainda está ao trabalho na escola em virtude deste concurso”, afirma Filinto Lima à Renascença.
O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas diz que é preciso “perceber, destes 1.067 funcionários, quantos é que de facto vão acrescer ao número já existente – o número que nós julgamos ser escasso – ou quantos irão melhorar o seu vínculo profissional”.
Já em março, Filinto Lima questionava na Renascença onde estariam os assistentes operacionais prometidos.
“Há 15 dias foi anunciada a contratação de 1.067 funcionários e eu quero saber onde é que estão esses funcionários. Só tivemos o anúncio dessa medida e nada mais”, criticou.
No mesmo mês, foi noticiada a existência de uma prova de conhecimento e a uma avaliação feita pelos psicólogos das escolas para a contratação de funcionários não docentes – uma medida a que Filinto Lima reagiu considerando que o Governo está a complicar o que é simples.
“Uma das palavras fortes e positivas deste Governo é o Simplex. Neste caso, penso que está a ter um 'Complex'", afirmou.
Contactado esta sexta-feira pela Renascença, o Ministério da Educação garante que enviou, há dois meses e meio, todos os documentos necessários para a contratação dos 1.067 novos assistentes operacionais prometidos e que cabe agora às escolas completar o processo de recrutamento.