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O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou dois conservadores e um veterano do Exército para chefiar a CIA, para procurador-geral e conselheiro de segurança nacional.
Mike Pompeo é o nome escolhido por Trump para novo director da CIA, Jeff Sessions para procurador-geral, enquanto o cargo de conselheiro de segurança nacional ficará nas mãos do tenente-general Mike Flynn.
Os três já aceitaram o convite de Trump. O anúncio oficial será formalizado esta sexta-feira, de acordo com fonte da equipa de transição do Presidente eleito citada pela agência Reuters.
Pompeo: Da direita radical para a CIA
A escolha de Mike Pompeo para comandar a CIA é considerada surpreendente.
O congressista pelo estado do Kansas tem 52 anos e da ala mais conservadora do Partido Republicano, o “Tea Party”.
Fez parte da comissão que investigou o ataque à embaixada norte-americana em Benghazi, na Líbia, em 2012, onde deixou duras críticas à actuação da então secretária de Estado Hillary Clinton, que foi agora derrotada por Donald Trump na corrida à Casa Branca.
Mike Pompeo subscreve as críticas de Trump ao acordo com o Irão. Numa mensagem publicada quinta-feira no Twitter defendeu a reversão do entendimento “desastroso com o maior patrocinador mundial do terrorismo”.
Sessions: Um defensor do muro na Procuradoria
O nome indicado para procurador-geral, Jeff Sessions, de 69 anos, já desempenhou as mesmas funções no estado do Alabama e foi “U.S. attorney”, o equivalente a procurador do Ministério Público.
Ao escolher Jeff Sessions para procurador-geral dos Estados Unidos, o Presidente eleito premeia um fiel apoiante da sua candidatura, um conservador conhecido por declarações inflamadas contra a imigração, à semelhança de Donald Trump.
Jeff Sessions rejeita a legalização de imigrantes que entraram ilegalmente no país e é um entusiasta da promessa de Trump de construir um muro na fronteira com o México.
Flynn: O general de confiança de Trump
O homem escolhido para conselheiro de segurança nacional, Mike Flynn, é um general de três estrelas na reforma e durante a campanha foi um dos assessores mais próximos de Trump.
O tenente-general Mike Flynn foi afastado da Agência de Inteligência da Defesa em 2014, alegadamente pelas suas críticas à forma como estava a ser conduzida a luta contra o extremismo islâmico.
Outros responsáveis que trabalharam de perto com Mike Flynn têm uma versão diferente para o seu despedimento: a falta de capacidade de gestão e o estilo de liderança.
O cargo de conselheiro de segurança nacional é o único destes três que não tem que ser aprovado pelo Congresso.