O plano de mobilidade da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) está preparado para 1,2 milhões de pessoas. Quatro mil autocarros vão ser alugados para levar os fiéis ao parque do Trancão.
A larga maioria dos participantes na JMJ 2023, que decorre entre 1 e 6 de agosto, na zona norte do Parque das Nações, entre Lisboa e Loures, vai chegar de transportes públicos ou a pé. 25% deverão deslocar-se em viatura privada.
A explicação foi avançada esta quarta-feira na apresentação do plano de mobilidade por Isabel Pimenta, da empresa VTM, que está a desenhar as várias fases da estratégia.
“Há 200 mil que dentro daquele conceito de caminhar poderão usar os transportes públicos da cidade, que tem uma boa rede de transportes públicos, com a Carris e o Metro. Alguns deles utilizarão os transportes públicos, mas já estarão numa situação em que poderão caminhar um pouco a pé”, referiu Isabel Pimenta.
“Depois temos os que ficam nas três dioceses de acolhimento e que se poderão aproximar da cidade de transportes públicos, que serão cerca de meio milhão, que serão distribuídos pelos modos ferroviário, fluvial e ferroviário.”
“Neste segmento de 1,2 milhões, ficam 200 mil que serão transportados em autocarros alugados especificamente para o evento, não são transporte público regular. São cerca de quatro mil autocarros. Estacionar quatro mil autocarros dentro da cidade é um desafio muito exigente. E temos também cerca de 300 mil peregrinos (25%) em transporte individual”, explicou Isabel Pimenta.
Prevê-se que os jovens que queiram chegar aos diversos espaços da jornada o possam fazer a pé com uma demora de 30 a 60 minutos.
O Metropolitano é tido também como um meio de transporte essencial, mas a organização recusa a ideia que as estações estejam a funcionar 24 horas nos dias em que decorrer a Jornada Mundial da Juventude.
“O que está previsto no Metro é que seja instalada a capacidade máxima. Não está nesta altura equacionada a abertura 24 horas por dia, porque os eventos decorrem até ao final da tarde e a expetativa é que o escoamento - apesar de serem grandes massas humanas - não justifiquem o funcionamento do Metro toda a noite”, disse Isabel Pimenta.
Os transportes públicos são considerados a espinha dorsal deste plano de mobilidade. O coordenador do grupo de projeto, José Sá Fernandes, disse aos jornalistas que já está previsto um passe específico para a deslocação entre os vários pontos da JMJ 2023.
O passe para a JMJ 2023 terá “o máximo de descontos possíveis”. A decisão fica agora ao critério da organização.
A chegada dos peregrinos por via aérea terá o apoio dos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro. Para já o aeroporto de Beja não entra na equação, sublinha José Sá Fernandes.