O eurodeputado Paulo Rangel acredita que os pacotes de sanções da União Europeia (UE) aplicados à Rússia "estão a ter um efeito muito superior ao que é dito".
À Renascença, o social-democrata aponta que "as estatísticas oficiais da Rússia que procuram demonstrar um impacto diminuto não são confiáveis".
O também vice-presidente do PSD admite, no entanto, que "Putin e o regime tem conseguido contornar as sanções".
"Nomeadamente, através da China ou da Índia e outros países que compram produtos à Europa mas depois revendem à Rússia", refere.
O eurodeputado reconhece que isso "torna as coisas mais difíceis, mas torna impossíveis" e reitera que as sanções "têm um impacto muito forte na Rússia e no financiamento da guerra".
Novo pacote de sanções "é o possível"
A União Europeia aprovou esta sexta-feira o 10.º pacote de sanções contra a Rússia, avança a presidência sueca do Conselho.
O reforço das sanções recebeu luz verde no dia em que se cumpre um ano desde o início da invasão russa da Ucrânia.
As medidas contra a Rússia incluem mais limitações às exportações e medidas contra instituições que apoiam a guerra e espalham propaganda.
Em reação, à Renascença, Paulo Rangel destaca o "valor simbólico" de um pacote de sanções aprovado no aniversário do conflito.
O eurodeputado considera que as medidas vêm "na continuidade das anteriores" e que "é o possível" dentro do que foram as negociações entre os países da UE.
"Este pacote de sanções é muito adequado e que tem todas as características para marcar uma data, infelizmente, tão relevante", conclui.