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O ministro da Administração Interna (MAI) admite que pode vir a ser exigida a realização de testes à partida de viagens de avião ou alargar a outros países a obrigatoriedade de ter testes Covid-19 feitos à chegada a Portugal.
“Hoje já exigimos testes para todos os que cheguem de países terceiros nos aeroportos. Quem vem dos Estados Unidos ou Brasil tem de chegar com um teste. O que nós admitimos é alargar essa possibilidade, se for necessário, a outros países ou também às partidas”, explicou Eduardo Cabrita em declarações ao programa “As Três da Manhã”.
Nesta entrevista, o governante procurou esclarecer alguns dos contornos das medidas previstas para o estado de emergência que se vai prolongar pelo menos até 23 de novembro. Nos concelhos com maiores níveis de propagação da Covid-19 é proibida a circulação na via pública durante a semana entre as 23h00 e as 5h00 e aos fins de semana entre as 13h00 e as 5h00.
A fiscalização do cumprimento deste recolher obrigatório vai estar a cargo das forças de segurança que, assegura o ministro, “terão uma intervenção fundamentalmente pedagógica”.
“No essencial será dito às pessoas para irem para casa”, esclareceu o MAI, adiantando, no entanto, que quem insistir em não regressar ao domicílio incorre num crime de desobediência. Acrescentou que, nesses casos, as pessoas serão acompanhadas a casa e o caso é participado ao Ministério Público, sendo que o crime de desobediência tem “uma moldura penal de prisão até um ano”.
“Os portugueses devem perceber que estamos a lutar pela vida e pela liberdade e essas limitações são estritamente necessárias para combater uma situação que é grave em todo o mundo”, disse o ministro.
Questionado sobre que tipo de bens podem ser adquiridos nos estabelecimentos comerciais autorizados a estar abertos nas tardes de fim de semana, Eduardo Cabrita explica que “não há uma determinação de encerramento”, mas a expectativa é que “não terá clientes”.
“Não está proibido comprar roupa ou brinquedos, o que é fundamental que se compreenda é que as deslocações devem ser exclusivamente para finalidades essenciais”, explica.
“Estamos naturalmente a falar da compra de bens alimentares”, reforça.
Em Portugal, morreram 2.896 pessoas dos 179.324 casos de infeção confirmados, de acordo com o último boletim da Direção-Geral da Saúde.
Mais de 50 milhões de casos do novo coronavírus foram oficialmente detetados em todo o mundo, desde o início da pandemia no final de 2019.
No total, mais de 50.010.400 casos, incluindo 1.251.980 mortes, foram registados no mundo desde o início da pandemia por Covid-19 em dezembro, na China.
O aumento no número de casos de infeção detetados é apenas parcialmente explicado pelo aumento dos testes realizados e muitos países, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, dois locais que estão a enfrentar uma nova e importante vaga de contaminações.