O diretor-geral do GPEARI garantiu esta sexta-feira que Laura Cravo, mulher do ministro das Infraestruturas, manteve o salário que auferia na CMVM e explicou que a técnica em mobilidade pediu para sair do Ministério das Finanças.
Em comunicado divulgado hoje, o diretor-geral do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do Ministério das Finanças, José Carlos Azevedo Pereira, afirma querer contribuir para "o cabal esclarecimento da realidade" e reitera o argumento do ministro das Finanças, Fernando Medina, de que "a indicação para a coordenação técnica não implica nem corresponde a uma nomeação para cargo dirigente da Administração Pública". .
Azevedo Pereira explica que as funções de coordenação após a saída do diretor do departamento de serviços financeiros foram atribuídas a Laura Cravo "por comprovadamente deter as competências técnicas especializadas necessárias e ser a pessoa com mais experiência e perfil mais adequado entre os técnicos da área a trabalhar no GPEARI" e "não lhe foi atribuída qualquer remuneração adicional por esta tarefa". .
Detalha, assim, que ficou estipulado no acordo entre a CMVM, o GPEARI e Laura Cravo que o gabinete suportaria o valor do salário base de origem "nos termos do contrato que esta celebrou com a CMVM em 6 de julho de 2015", tendo a aprovação inicial do ACIP sido suportada por parecer positivo da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP). .
Em causa está a notícia avançada pela TVI, na segunda-feira, que Laura Abreu Cravo, mulher do atual ministro das Infraestruturas, João Galamba, coordena há um ano o departamento de Serviços Financeiros no Ministério das Finanças, liderado por Fernando Medina, embora a nomeação nunca tenha sido publicada em Diário da República (DR).
Azevedo Pereira refere ainda que a renovação anual do Acordo de Cedência de Interesse Público para 2023 de Laura Cravo, que "já manifestou que pretende que seja a última", "está já instruída e em fase de autorização final".
Argumenta ainda que "tendo em conta a limitação de recursos humanos na Administração Pública em áreas altamente especializadas como as desempenhadas pelo GPEARI" este gabinete "tem recorrido, desde 2007, a vários Acordos de Cedência de Interesse Público (ACIP) para prover alguns lugares da sua equipa", contando-se atualmente em 38 posições 6 ACIP, concentrados nos serviços financeiros. .