Os presidentes de Real Madrid, Florentino Pérez, e Barcelona, Joan Laporta, unem-se na celebração da decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, que abriu a porta à criação da Superliga Europeia.
Em declaração à imprensa, Florentino declara que "o futebol europeu jamais será um monopólio e, a partir de hoje, os clubes serão os donos do seu destino".
"Nos próximos dias vamos estudar o alcance desta decisão, de grande transcendência histórica. Vemo-nos capazes de impulsar as competições que consideremos. Triunfou a Europa das liberdades", afirma.
Para o presidente do Real Madrid, trata-se do "início de uma nova era":
"Podemos trabalhar em liberdade e sem ameaças, com o objetivo de inovar e melhorar o futebol. A partir de hoje, o presente e o futuro estão finalmente nas mãos dos clubes e adeptos. O nosso destino pertence-nos e temos uma grande responsabilidade à nossa frente. Marcará um antes e um depois, é um grande dia para a história do futebol."
Barça acredita que Superliga vem para melhorar o futebol
O presidente do Barcelona considera que a decisão do Tribunal "beneficia os clubes, que podem dispor de recursos financeiros ilimitados e, em algum caso, exteriores ao mundo do futebol".
"Chegou o momento de os clubes e, mais ainda, aqueles que são propriedade dos seus sócios e sócias, como é o caso do Barcelona, terem um maior controlo sobre o seu destino, sobre o seu futuro e sobre a sua própria sustentabilidade", afirma, numa declaração em vídeo.
Laporta garante que a criação da Superliga não vai contra as ligas domésticas, nem, particularmente, contra a Liga espanhola:
"Com uma competição europeia melhor e mais recursos para os clubes, as ligas nacionais serão mais equilibradas e competitivas. (...) A partir de agora, abre-se uma oportunidade histórica para resolver alguns dos graves problemas que comprometem a futura viabilidade da grande maioria dos clubes. (...) Esta proposta chega para melhorar a conjuntura do futebol europeu, tanto masculino como feminino."
O Tribunal de Justiça da União Europeia definiu, esta quinta-feira, que as regras da FIFA e da UEFA que sujeitam quaisquer novos projetos de futebol interclubes a autorização prévia, e que proíbem clubes e jogadores de disputar essas competições, sob risco de sanções, são ilegais.