Rita Jerónimo e Paula Sofia Tavares foram designadas subdiretoras-gerais da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), anunciou o Ministério da Cultura esta segunda-feira.
Em comunicado, que não faz menção à designação do novo diretor-geral daquela entidade, o Ministério da Cultura esclareceu que "as duas nomeações têm efeitos a 18 de maio último".
Rita Jerónimo exercia, desde dezembro de 2020, as funções de subdiretora-geral da DGPC, em regime de substituição, tendo sido agora nomeada "em comissão de serviço por um período de cinco anos", depois do concurso da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).
Nascida em 1971 e licenciada em Antropologia Social pelo ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, Rita Jerónimo é mestre em Antropologia, na especialidade "Patrimónios e Identidades", pela mesma instituição universitária, e ficará com a responsabilidade na área dos Museus, Monumentos e Palácios Nacionais.
Como lembra a nota biográfica divulgada pelo Governo, Rita Jerónimo foi "técnica especialista na área dos museus e património cultural" no gabinete da anterior ministra da Cultura, Graça Fonseca.
A outra subdiretora designada, esta em regime de substituição, nasceu em 1968, é licenciada em Gestão pela Universidade Internacional, e desde julho de 2021 dirigia o Departamento de Planeamento, Gestão e Controlo da DGPC.
Paula Sofia Tavares é designada "em regime de substituição", para ocupar o cargo deixado vago pela saída de Rui Santos, a seu pedido, em março.
O Ministério da Cultura justificou a escolha de Paula Sofia Tavares com o acautelar do "normal funcionamento da DGPC até à conclusão de concurso da CReSAP".
Paula Tavares "tem assegurado a execução do Investimento designado por "Património Cultural", enquadrado na Componente C04 do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), [e é] vogal na comissão diretiva do Fundo de Salvaguarda do Património Cultural".
Anteriormente, a nova subdiretora da DGPC foi técnica superior de Orçamento e Conta Especialista da Direção-Geral do Orçamento.
De 2014 a 2021, foi chefe da Unidade de Orçamento e Controlo do Instituto de Financiamento Agricultura e Pescas (IFAP) e coordenou o Núcleo de Gestão Orçamental do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), tendo integrado também o Departamento Financeiro da Reitoria da Universidade de Lisboa.
Em meados deste mês, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, disse que não encarava a conclusão dos concursos públicos para cargos diretivos da DGPC como um assunto urgente.
O ministro da Cultura alegou, na altura, que o cargo de diretor-geral da DGPC tem sido desempenhado sem sobressaltos pelo arquiteto João Carlos Santos, que assumiu as funções em regime de interinidade há quase um ano, em junho de 2021.
O concurso público para o lugar de diretor-geral encerrou em 17 de junho de 2021, assim como o de um dos cargos de subdiretor-geral.
O concurso para o outro cargo de subdiretor-geral da DGPC encerrou já este ano, em 14 de abril.