O presidente da Associação das Liga Europeias, o português Pedro Proença, prometeu, esta quinta-feira, continuar a defender a “essência” e os “princípios fundamentais” do futebol, em reação à decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE).
“A decisão hoje conhecida não deve mudar a posição daqueles que defendem o futebol na sua verdadeira essência: um desporto apaixonante, em que todos têm o direito de sonhar, de superar expectativas dentro do campo, de crescer”, lê-se na página oficial de Facebook de Pedro Proença, também líder da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.
O TJUE considerou contrária à legislação europeia a decisão da FIFA e da UEFA de proibir futebolistas e clubes de participarem em competições privadas, tal como a Superliga proposta a 18 de abril de 2021.
“Há princípios fundamentais que não devem ser colocados em causa: as competições nacionais são a base da paixão dos adeptos e devem, por isso, ser protegidas. O direito de progredir nos diversos patamares competitivos, que se joga em campo, encerra outra garantia: a da solidariedade no financiamento da formação do talento do futuro”, referiu o antigo árbitro.
O mais alto órgão administrativo da UE considerou que a UEFA e a FIFA abusaram da sua "posição dominante" na sua ação contra a criação da controversa Superliga de futebol.
Real Madrid e FC Barcelona são os resistentes entre os 15 fundadores do projeto original – apesar de só terem sido revelados 12 -, que preconizava uma competição com 20 clubes, que foi contestada por diversos quadrantes, desde as estruturas da modalidade até aos governos nacionais, passando pelos próprios adeptos.
Em outubro de 2022, foi criada a empresa A22, promotora do projeto, que readaptou o plano inicial, em fevereiro de 2023, sob novos princípios e um modelo com 60 a 80 clubes, que fosse aberto, sem membros permanentes e alicerçado no mérito desportivo.