O Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, garante que vai regressar ao país ainda esta semana, apesar de o regime de Maduro ter colocado a sua cabeça a prémio, diz entrevista ao jornal “El Tiempo”, da Colômbia.
“Decidiremos [o regresso] com base na segurança. Como há ameaças e parece que me querem executar, nós usaremos a melhor decisão baseada nos interesses do nosso pessoal”, declarou o também presidente da Assembleia Nacional.
Juan Guaidó promete voltar à Venezuela esta semana, apesar das ameaças de morte e depois de uma ronda de encontros com parceiros internacionais para coordenar a assistência humanitária.
O líder da oposição a Maduro chegou esta quarta-feira à noite a Brasília e vai encontrar-se com o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
“O Presidente interino da Venezuela vai encontrar-se, na quinta-feira à tarde, com o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto”, avançou Maria Teresa Belandria, que foi nomeada por Guaidó embaixadora da Venezuela no Brasil.
Depois do encontro, marcado para as 17h00 (hora de Lisboa), Juan Guaidó vai realizar uma conferência de imprensa.
O Brasil, que faz fronteira com a Venezuela, foi um dos primeiros países a reconhecer Guaidó como Presidente interino.
Na cidade de Boa Vista, no norte do Brasil, estão cerca de 200 toneladas de ajuda humanitária, nomeadamente alimentos e medicamentos, à espera de autorização para entrar na Venezuela.
Maduro enviou militares para impedir que os camiões com ajuda atravessassem a fronteira e já foram registados confrontos graves.