Os Estados Unidos ultrapassaram a barreira dos 3.000 mortos, esta segunda-feira. Segundo o balanço da Universidade Johns Hopkins, cujos dados são tidos como referência., há 164.603 casos de Covid-19 confirmados e 3.170 vítimas mortais
O Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças norte-americano, todavia, aponta para 140 mil casos e 2.405 mortes no país. Os números obrigaram Trump, inicialmente criticado por uma resposta lenta do governo federal em relação à propagação do vírus, a tomar medidas mais duras.
Assim, Trump, que tinha avançado que a sua expectativa era a de reabrir grande parte do país para a Páscoa, em 12 de abril, teve de recuar e estender as diretrizes para o distanciamento social até o final desse mesmo mês, uma vez confrontado com dados sobre a crescente crise do novo coronavírus.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, justificou ontem a sua decisão de prolongar as medidas de distanciamento social até final de abril, enquanto prepara o país para o cenário de mais de 100.000 mortes pela Covid-19.
“O pior que podemos fazer é tomar atitudes muito cedo e, de repente, tudo regressa”, disse Trump. Trump reconheceu que a propagação do vírus ainda está apenas a começar, admitindo que serão precisas medidas mais duras, num volte-face estratégico, um dia depois de ter dito que gostaria que os norte-americanos já estivessem a viver vidas normais na segunda semana de abril.
Perante projeções dramáticas da sua equipa de conselheiros, que indicam que o número de mortes com Covid-19 pode ultrapassar 100.000, Trump defende agora medidas de distanciamento social num prazo prolongado.
O impulso de reabrir o país, motivado pela pressão de líderes empresariais, esbarrou contra a opinião do principal conselheiro de Trump para a pandemia, Anthony Fauci, que estimou que poderão morrer entre 100.000 e 200.000 norte-americanos vítimas do novo coronavírus.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados. Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.