A ministra da Defesa, Helena Carreiras, afirmou esta quarta-feira que o programa de aquisição de cinco aeronaves KC 390 traz “retorno económico”, sublinhando que contribuiu para a "criação de mais de 350 postos de trabalho altamente qualificados, entre engenharia de desenvolvimento e de produção, e todo o leque de saberes avançados que esta indústria integra, além de envolver empresas de vários pontos do país”.
Helena Carreiras falava em Beja, na Base Aérea n.º 11, onde decorreu a cerimónia de apresentação pública da primeira aeronave nacional KC 390. Para a governante, "o KC-390 representa velocidade, alcance e modernidade, representando um salto qualitativo inquestionável".
Durante o discurso, Helena Carreiras afirmou que “não poderia deixar de sublinhar o sucesso e retorno económico comprovado, especialmente, porque se trata do primeiro programa de aeronáutica com engenharia portuguesa”.
A compra dos aparelhos, que constava de uma resolução de Conselho de Ministros datada de 2019, justifica-se, diz, dado o “novo contexto internacional, de novos desafios emergentes e da necessidade de acompanhar de forma próxima os desenvolvimentos tecnológicos mais recentes”.
De acordo com a titular da pasta da Defesa Nacional, as missões e operações requerem que as Forças Armadas se encontrem com “elevada prontidão, projetáveis, bem treinadas e com equipamento de última geração”.
À semelhança do primeiro-ministro, António Costa, também a ministra da Defesa sublinhou que “o desenvolvimento desta aeronave envolveu mais de 650 mil horas de trabalho de engenharia em Portugal e mais de dois mil desenhos técnicos gerados no país”.
As aeronaves que vão substituir o Hercules C 130, que operam desde 1977 e que segundo a ministra “têm cumprido a sua missão de forma admirável e fiável, ao longo dos últimos 45 anos, ao serviço do país, tendo atingido recentemente o marco de 85 mil horas voadas”, adiantou a governante.
Entre outras funções, salientou, que este avião vai “robustecer a capacidade de ação nacional para projetar e retrair militares, assim como para amplificar a capacidade de apoio logístico e material às forças nacionais destacadas”, vai ainda “aumentar a capacidade nacional de resposta em proteção da diáspora de forma mais célere eficaz e eficiente” e de “evacuação aeromédica e de busca e salvamento”, adiantou.