O primeiro-ministro, António Costa, voltou esta quarta-feira a remeter para quinta-feira declarações sobre novas medidas para combater a pandemia, depois de ter manifestado gratidão à ciência.
Costa falava aos jornalistas, no final da cerimónia de entrega da 1.ª edição do Prémio Maria de Sousa, em Lisboa, onde voltou a ser questionado sobre o número crescente de casos em Portugal e eventuais decisões do Governo.
“Amanhã é dia de falar, hoje ainda é dia de ouvir”, disse apenas o primeiro-ministro, que recebe esta tarde, em S. bento, PSD e PS, depois de na terça-feira ter ouvido os restantes partidos, antes do Conselho de Ministros marcado para quinta-feira.
Na sua intervenção na entrega do prémio a cinco jovens investigadores, Costa salientou que, nos últimos dois anos, a sociedade portuguesa e mundial tem compreendido “da forma mais traumática possível a importância da ciência”, devido à pandemia de covid-19.
“Quando comparamos o que acontece nos países com maior taxa de vacinação com o que acontece nos países com menor taxa de vacinação, não temos a menor dúvida da gratidão que devemos a quem, em tão pouco tempo, foi capaz de encontrar a vacina”, realçou.
O primeiro-ministro considerou que, “de toda esta situação traumática”, “o maior ganho civilizacional que vai ficar será a compreensão do cidadão comum pela importância do investimento em ciência e produção de conhecimento”.
“Se é fácil… Bom, nenhum primeiro-ministro dirá que é fácil e todos os cidadãos sabem que não é fácil. Agora, é precisamente esse esforço que transformou a ciência em algo que todos perceberam que é fundamental”, defendeu.