Marco "Orelhas" Gonçalves, o número dois da claque Super Dragões, fica prisão preventiva no caso da morte de adepto na festa do título do FC Porto.
Paulo Chanfras, cunhado de Marco "Orelhas", e um terceiro suspeito, Diogo "Xió", também vão aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva, no âmbito da operação "Fim de Festa".
Diogo "Xió" vai começar a cumprir uma pena de prisão de dois anos e meio a que tinha sido condenado noutro caso.
Aos restantes seis arguidos, o TIC do Porto determinou que os mesmos ficassem com a medida de coação de apresentações periódicas às autoridades, proibição de contactos e proibidos de abandonarem o país.
Dezenas de familiares e amigos dos arguidos concentraram-se junto ao tribunal, para conhecer as medidas de coação, obrigando ao reforço do contingente policial.
Alguns dos nove suspeitos, com idades compreendidas entre os 20 e os 42 anos, têm vastos antecedentes criminais pela prática de crimes violentos.
Igor Silva, de 26 anos, foi assassinado durante a festa do título do FC Porto, nas imediações do Estádio do Dragão.
Renato Gonçalves, o suspeito de homicídio na festa do FC Porto, foi o primeiro suspeito a ser detido e encontra-se em prisão preventiva. Renato é filho de Marco "Orelhas".
Na quarta-feira, a Polícia Judiciária (PJ) deu conta, em comunicado, da detenção de nove pessoas “com vastos antecedentes criminais”, por suspeitas de coautoria do homicídio qualificado que ocorreu nos festejos do título do FC Porto.
Na nota, a PJ, através da Diretoria do Norte, indicou que, pelas 07:00 desse dia, “desencadeou uma vasta operação policial com vista a dar cumprimento a 13 mandados de busca domiciliária e nove de detenção fora de flagrante delito”.
Marco Gonçalves apresentou-se em 16 de maio na PJ do Porto, foi constituído arguido por ofensa à integridade física e saiu em liberdade.
Os nove arguidos têm idades entre os 20 e os 42 anos, sendo que “alguns” têm “vastos antecedentes criminais pela prática de crimes violentos”, lia-se no comunicado da PJ.
A PJ acrescentava que os mandados de busca foram emitidos pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto, “visando um conjunto de indivíduos sobre os quais recaem suspeitas de coautoria do homicídio qualificado ocorrido na madrugada do dia 08 de maio, na cidade do Porto”.
A PJ sublinhou ainda que a investigação permitiu, “no espaço de um mês, recolher indícios de que os suspeitos ora detidos atuaram em conjugação de esforços nas agressões que provocaram a morte do jovem”, estando, por isso, “todos indiciados da coautoria nesse crime”.
Ainda de acordo com a PJ, as buscas realizadas resultaram na apreensão de “relevantes elementos probatórios”.