O antigo Presidente da República Cavaco Silva considerou esta segunda-feira que a memória da atriz Eunice Muñoz “viverá para sempre em Portugal que tanto a amou e admirou”, enaltecendo a “mulher extraordinária” com um “génio que ultrapassa” o tempo presente.
Eunice Muñoz morreu na sexta-feira no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, aos 93 anos.
“Na hora do adeus a Eunice Muñoz, evocamos esta mulher extraordinária que enchia de arte salas de espetáculo e de contagiante alegria qualquer local onde estivesse”, pode ler-se numa nota enviada à agência Lusa por Aníbal Cavaco Silva e a sua mulher, Maria Cavaco Silva.
De acordo com o antigo chefe de Estado, “dizer Eunice é evocar um mundo que ela construiu para todos” ao longo de uma “vida única”.
“Para além dos palcos, onde era inigualável, recordamo-la com emoção nas noites de poesia em Belém em que tivemos o privilégio da sua arte. Conhecê-la, recebê-la e acompanhar a sua arte deu-nos a noção do seu génio, que ultrapassa o nosso tempo”, salienta o ex-chefe de Estado e a mulher.
Para o casal Cavaco Silva, “a memória de Eunice viverá para sempre em Portugal que tanto a amou e admirou e que agora se despede dela”.
As cerimónias fúnebres da atriz Eunice Muñoz decorrem na Basílica da Estrela, em Lisboa, hoje e terça-feira, seguindo depois o funeral para o Cemitério do Alto de S. João, onde o corpo será cremado.
A informação foi dada à agência Lusa pelo filho da atriz, acrescentando que o velório decorrerá entre as 17h00 e as 22h30 de hoje e entre as 10h00 e as 15h00 de terça-feira.
Entre as 15h00 e 16h00 de terça-feira, será celebrada uma missa de corpo presente, na Basílica da Estrela, estando a cerimónia de cremação no cemitério prevista para as 17h00, precisou António Muñoz.
Nascida na Amareleja, no distrito de Beja, em 1928, completou em novembro 80 anos de carreira.
Várias personalidades, da cultura à política, reagiram à morte da atriz, incluindo o Governo, que, através do Ministério da Cultura, anunciou que vai decretar luto nacional no dia do funeral da atriz.