Foi descoberta uma nova subvariante da Ómicron no Reino Unido que poderá ser ainda mais transmissível, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A "XE" é uma mutação das estirpes Ómicron BA.1 e BA.2 classificada como uma "recombinante".
Segundo um relatório da OMS, a "XE" foi detetada, pela primeira vez, a 19 de janeiro e os primeiros testes mostram que pode ser ainda mais transmissível.
"Estimativas precoces indicam um aumento da taxa de crescimento comunitário de 10% comparativamente com a BA.2, no entanto, ainda requer confirmação", pode ler-se.
A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSCA) revelou que os dados mais recentes mostram que a "XE" tinha uma taxa de crescimento 9,8% maior do que a subvariante BA.2. No entanto, também avisou que não ainda podem ser tiradas ilações.
Até 22 de março tinham sido detetados 637 casos no país. Mas esta subvariante também foi detetada na Tailândia, segundo o jornal "The Independent".
Acrescentados nove sintomas de infeção
A lista oficial de sintomas da Covid-19 foi alargada para incluir outros nove sinais de infeção pela Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido, incluindo dor de garganta, dores musculares e diarreia.
A atualização da informação ocorre mais de dois anos após o início da pandemia e inclui outros novos sintomas, como dificuldade de respiração, cansaço, dor de cabeça, nariz congestionado, falta de apetite e indisposição.
As autoridades salientam que “sintomas da Covid-19 e de outras infeções respiratórias” como gripe e constipação são muito semelhantes.
Os sintomas originais até agora reconhecidos no Reino Unido eram febre, tosse contínua e perda do olfato ou paladar.
A Covid-19 é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China. A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.