Os comerciantes do mercado de Benfica, em Lisboa, não se sentem seguros e pedem medidas mais restritivas para combater a pandemia de Covid-19.
À Renascença, muitos foram os que revelaram preocupação de que os negócios voltem a fechar como consequência da nova vaga.
Margarida Sá, lojista, diz que não se sente segura e exclama: "Devíamos continuar com as máscaras. Digo isto porque em dois anos sempre a trabalhar nunca fui contaminada e agora fui infetada".
O medo do vírus para quem todos os dias recebe pessoas é elevado, até porque já há casos, neste mercado, de comércios encerrados devido aos funcionários estarem infetados.
Outra das pretensões dos comerciantes é o retorno dos testes gratuitos às farmácias como forma de controlo da propagação do vírus.
“Estamos a fazer muito menos testes, a apanhar mais casos e agora imagine o que não está a ser detetado, porque não têm sintomas ou porque não são obrigados a fazer teste”, afirma a comerciante Diana Rodrigues.
O retorno de algumas medidas de combate à Covid-19 é aceite por todos, não como penalização, mas como uma maneira de manterem os negócios a funcionar.
A exigência de testes ou certificado de vacinação à entrada de espaços fechados e o uso obrigatório de máscara são os pedidos mais frequentes.
O regresso das máscaras em locais fechados ou com mais gente e da gratuitidade dos testes à Covid-19 tem sido um pedido recorrente nos últimos dias.
Nesta quinta-feira, o presidente da Associação Nacional de Restaurantes (Pro.Var) admitiu à Renascença que existe “um grande problema” de mão-de-obra por causa da quantidade de trabalhadores infetados.
Daniel Serra adianta que muitos restaurantes já tiveram de fechar.
Da parte dos especialistas, o pneumologista Filipe Froes defende a testagem gratuita “de forma a identificar precocemente infeções” e o regresso dos boletins diários da Direção-Geral da Saúde (DGS).