O porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pardal Henriques, anunciou, na manhã desta quarta-feira, que, a partir de agora, os motoristas não vão cumprir os serviços mínimos nem a requisção civil.
"Os motoristas determinaram hoje que não vão sair daqui", declarou Pardal Henriques, em Aveiras de Cima, junto às instalações da CLC, a Companhia Logística de Combustíveis.
"Mesmo serviços mínimos, requisição civil... Não vão fazer absolutamente mais nada", reforçou o porta-voz do SNMMP, explicando que a decisão se prende com o facto de 11 trabalhadores terem sido já notificados pelo crime de desobediência cilvil por não terem respeitado a requisição.
"Se é para levar os 11 colegas presos, então vão levar todos", argumentou, desafiando, de seguida: "Têm é que arranjar autocarros grandes para levar estas pessoas todas."
Pardal Henriques diz, ainda, que os motoristas "estão cansados de ser gozados", criticando o facto de ter sido também posta em causa as condições em que vários motoristas requereram baixa médica.
"O senhor ministro pode mandar o exército, que reforce o exército para fazer os postos, para manter isto como está, continue a gozar com estas pessoas para que elas não possam reivindicar os seus direitos, mas elas não saem daqui nem saem os que estão no Norte, no Alentejo ou no Algerve. Hoje, ninguém vai sair."