O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações avança que a TAP vai ter de dispensar ainda mais trabalhadores para salvaguardar a sua situação financeira.
Numa entrevista à RTP3, Hugo Santos Mendes lembrou o alerta do ministro Pedro Nuno Santos: a TAP não tem mais meios disponíveis para ajudar a Groundforce com o pagamento dos salários dos seus trabalhadores.
“Vamos esperar que não cheguemos a uma situação em que o cenário de insolvência se possa colocar, mas o que podemos dizer é que a TAP não está em condições de ajudar mais a Groundforce. Isso é claro”, referiu.
Por isso, reconhece que existe a “possibilidade” dos trabalhadores ficarem sem os salários de maio, tudo dependendo das negociações que estão a decorrer entre a Pasogal e uma nova entidade privada.
Em relação à TAP, o secretário de Estado refere que a empresa necessitará de “ter mais saídas, entre 400 e 500”.
Até ao momento foram aceites 760 saídas voluntárias, mas a companhia aérea prepara-se agora para se “dirigir” a este novo “conjunto” de trabalhadores, para poder “apresentar as opções à escolha”.
Terminou na semana passada a segunda, e última fase, de adesão a medidas voluntárias para os trabalhadores da TAP, depois de a companhia ter concedido mais uma semana aos colaboradores para analisarem as opções.
Contas da companhia apontam que a grande maioria destas adesões, 70%, são referentes a rescisões por mútuo acordo, 14% a trabalho em tempo parcial, 8% a passagens à situação de reforma, 6% a pré-reformas e as restantes a licenças sem retribuição.