Nouvelle Vague: “Temos uma ligação muito forte com Portugal”
06-12-2024 - 12:20
 • Maria João Costa

A banda de culto está de regresso a Portugal com sete concertos. Um deles, o da Casa da Música no Porto, já esgotado. Vêm apresentar o novo disco “Should I Stay or Should I Go?”, e em simultâneo celebrar 20 anos do primeiro álbum.

Estão a celebrar 20 anos do lançamento do primeiro disco. Os franceses Nouvelle Vague assinalam a data com um conjunto de concertos em Portugal e vão percorrer o país de norte a sul, passando também pelos Açores.

Os concertos começam a 10 de dezembro, no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz, seguem depois para o Palácio de Congressos em Albufeira a 12 de dezembro. Dia 13 atuam em Lisboa no espaço Lisboa ao Vivo, depois seguem para o Fundão, para o espaço Octógono a 14 de dezembro. No dia seguinte atuam na Oficina em Guimarães e a 16 de dezembro no Porto, na Casa da Música, no único concerto já esgotado. A 17 de dezembro tocarão em Ponta Delgada, no Teatro Micaelense.

A banda, fundada por Marc Collin e Olivier Libaux, promete para estes concertos em Portugal um espetáculo que viaja entre o passado e o presente. “Estamos a celebrar os 20 anos da banda, então vamos tocar quase todas as canções do primeiro álbum, e quase todas as músicas do novo disco. Acho que será uma mistura perfeita entre o primeiro e o último disco”, explica em entrevista ao Ensaio Geral, da Renascença.

A banda que tem um disco editado ao vivo na Aula Magna está satisfeita por este reencontro com o público português. “Nós temos uma ligação muito forte com Portugal desde o primeiro disco. Lembro-me que um dos primeiros concertos que demos no estrangeiro foi em Portugal”, diz Marc Collin.

Foi em 2005 que os Nouvelle Vague se apresentaram num concerto no Lux, em Lisboa que esgotou no dia em que os bilhetes foram colocados à venda.

O fundador do grupo destaca o papel que a editora Symbiose, “com o Carlos”, tem na divulgação dos Nouvelle Vague no nosso país. São uma editora independente e a loja de discos online mais antiga de Portugal.

“Acreditaram no potencial da banda”, refere. “Temos tocado muito em Portugal, especialmente no Porto e em Lisboa, mas também fizemos uma digressão em pequenas cidades”, recorda Collin.

Depois de terem estado recentemente em Paredes de Coura, Marc Collin diz esperar “que a ligação ainda esteja viva com o público português”.

“Estamos muito contentes por regressar, porque gostamos muito de tocar em Portugal, gostamos das pessoas, da comida, de tudo!”

Nesta digressão apresentam-se com Marc Collin nos teclados, Melanie Pain e Phoebe Killdeer na voz, Thibaut Barbillon na guitarra, Oliver Smith no contrabaixo e Julien Boye na bateria.

Banda de culto, os Nouvelle Vague editaram em fevereiro o quinto disco intitulado “Should I Stay Or Should I Go?”, pedindo o tema emprestados aos The Clash.

Seguem assim conquistando plateias de várias idades refere Marc Collin. “Temos várias gerações de pessoas que vão aos nossos concertos. Até já temos crianças que são filhas da primeira geração de fãs!”, diz a rir.

“É estranho, eram pessoas que tinham 14 anos em 2004 e agora vêm aos concertos com os filhos! É muito engraçado. Também temos uma geração mais nova que descobriu a banda há 10 ou 5 anos atrás, por isso é um publico muito diversificado”

Quanto à banda, explica Marc Collin ao Ensaio Geral da Renascença, tem “novos músicos, novos cantores” e por isso, aponta estão em “constante evolução”.