Mais de 151 mil alunos, do 11.º e 12.º anos, estão inscritos para a 1.ª fase, que começa esta segunda-feira e se prolonga até ao dia 23 de julho. As notas são conhecidas dia 3 de agosto. Quanto à 2.ª fase decorre entre 1 e 7 de setembro e as pautas saem a 16 de setembro.
A nota dos exames tem implicações na nota interna?
Não. Ao contrário dos anos anteriores não vão ter qualquer peso na nota dada pela escola, ou seja, os alunos não vão ter a sua nota interna alterada. Este até foi um dos fatores que levou ao protesto de muitos alunos, que queriam melhorar a média interna, mas os exames não têm o peso de 30% como acontecia nos anos anteriores.
Os exames só contam como prova de ingresso no ensino superior.
Porque mudou a estrutura do exame?
De acordo com o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), os conteúdos dos exames já não podiam ser alterados.
Quando a pandemia obrigou a fechar as escolas, os exames já estavam em fase de conclusão e não seria possível redesenhar tudo, por isso, o IAVE optou por uma solução flexível.
Em que é que consiste essa solução flexível?
Em cada enunciado, de todas as provas há dois grupos de perguntas: o primeiro, que conta obrigatoriamente para a nota.
De acordo com as explicações do IAVE, as perguntas de resposta obrigatória, de qualquer exame, incidem nas competências e conhecimentos desenvolvidos ao longo do percurso escolar dos alunos ou na informação facultada no enunciado, como por exemplo gráficos, mapas ou textos.
Depois há um segundo grupo em que só contam as melhores respostas de um determinado número de perguntas, que varia de exame para exame.
Em concreto, qual a estrutura do exame?
Por exemplo, no caso de Português, a prova do 12.º ano que dá início à época de exames e para a qual estão inscritos mais de 41 mil alunos. Esta prova inclui cinco itens, devidamente identificados, cujas respostas contribuem obrigatoriamente para a classificação final.
Depois há um segundo grupo, que tem 10 perguntas e vão ser consideradas para a classificação final, as 8 melhores respostas.
Os alunos devem responder a todas as perguntas do segundo bloco, ou podem escolher as que preferem?
O melhor é responder a tudo, porque os professores classificadores corrigem todas as respostas e só validam as que tiverem melhor classificação. Segundo o IAVE, o tempo do exame é o adequado para que os alunos possam responder a todas as perguntas.
Como é que é atribuída a classificação?
As perguntas de resposta obrigatória são contabilizadas diretamente para a classificação final e as cotações podem variar de pergunta para pergunta. No exame de português, por exemplo, no total valem 96 pontos.
Quanto às outras perguntas, vão ter todas o mesmo valor, 13 pontos, mas são contabilizadas apenas as oito melhores respostas, que no total valem 104, de um total de 200 pontos.
Outro exemplo: a físico química, cujo exame é na quinta-feira, há 8 perguntas que contam obrigatoriamente para a nota final e depois há um segundo bloco com 18 itens, mas apenas contribuem para a classificação final as 12 respostas com melhor pontuação. Estas respostas vão ter um peso de 120, em 200 pontos.
Quem fizer o exame só na 2.º fase, porque agora está doente com Covid-19, em que altura pode concorrer ao ensino superior?
Os alunos, que estão doentes ou em quarentena e faltarem à primeira fase dos exames, podem ir à segunda fase, em setembro, sem serem penalizados, isto porque a nota ainda vai contar para a 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior.
Há novas regras sanitárias?
Para entrarem na escola, todos devem usar máscara e desinfetar as mãos. Terá de existir um distanciamento mínimo de metro e meio entre os estudantes, por isso, os exames vão decorrer nas salas mais amplas, ginásios e auditórios.