Assinala-se, este sábado, e o primeiro aniversário da morte de Mahsa Amini, uma jovem curda iraniana que foi detida e violentamente espancada pela polícia da moral do Irão por infração ao rígido código de vestuário feminino do país.
A jovem, acusada de usar indevidamente o 'hijab' (véu islâmico), morreu num hospital de Teerão três dias após a detenção, desencadeando uma onda de protestos civis, com repercussão à escala internacional.
Os protestos nacionais, que se prolongaram durante meses e foram marcados inicialmente por palavras de ordem a apelar à liberdade e à defesa dos direitos das mulheres iranianas, evoluíram e começaram a exigir o fim da República Islâmica.
A contestação nas ruas acabaria por extinguir-se após uma repressão que causou 500 mortos, milhares de detidos e a execução de sete manifestantes, um deles em público.
Na véspera do aniversário da morte de Mahsa Amini, os Estados Unidos e a União Europeia (UE) impuseram novas sanções a indivíduos e a entidades relacionados com o regime de Teerão.
No país, e segundo o relato das agências internacionais, vivia-se na sexta-feira um clima tenso e de inquietação, com uma forte presença policial nas ruas, rigorosas advertências governamentais e poucos apelos à contestação.