A 37.ª edição da Concentração de Motos de Faro começa esta quinta-feira e prolonga-se até domingo, sendo esperados 18 mil participantes. A GNR vai reforçar a segurança, sobretudo com mais elementos da Unidade de Intervenção, uma semana após as detenções de 58 elementos do grupo motociclista Hells Angels.
A par deste reforço, o comando territorial de Faro vai realizar “uma operação de segurança de grande visibilidade” dirigida aos motociclistas, automobilistas e público que participa na concentração internacional.
A edição de 2018 decorre após a Polícia Judiciária ter detido, na semana passada, 58 elementos do grupo de motociclistas Hells Angels em Portugal (a que se soma um outro na Alemanha), por indícios de associação criminosa, tentativa de homicídio, roubo, ofensa à integridade física, posse e tráfico de armas proibidas e tráfico de droga.
A operação policial de desmantelamento do grupo teve em conta a realização do encontro de Faro e a possibilidade de ajustes de contas entre grupos rivais.
O tenente Carvalho Afonso, oficial de comunicação e relações públicas do comando territorial da GNR de Faro, disse à agência Lusa que a segurança dentro do recinto está a cargo de uma empresa de segurança privada, como aconteceu nos anos anteriores.
No entanto, os militares da GNR vão estar nas imediações do recinto e, “se houver necessidade, será feita uma intervenção”, afirmou, dando conta de que a valência da investigação criminal vai estar a monitorizar e a recolher informações durante todo o evento.
A organização da Concentração de Motos de Faro afirmou por sua vez que vai manter a segurança habitual no recinto. Para José Amaro, presidente do Motoclube de Faro, organizador do evento, as informações sobre as detenções para evitar um ataque na concentração estão a ser “empoladas pela imprensa”.
O presidente do Motoclube garantiu que “toda essa organização está preparada com os bombeiros e as autoridades” e frisou que, “no que se refere à outra segurança, dentro do recinto, o dispositivo vai ser precisamente igual ao do ano passado”.
Dos 58 detidos doGrupo Hells Angels em Portugal, o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa determinou prisão preventiva para 39 arguidos e apresentação periódica às autoridades para os restantes 19.
Os arguidos que ficam em liberdade estão proibidos de sair dos concelhos das respetivas residências e participar em concentrações ‘motards’.