A gestão da direção de Pinto da Costa tem sido lesiva para o FC Porto e, por isso, é normal que apareçam candidatos às eleições com novas ideias como André Villas-Boas. A opinião é de Nuno Encarnação, comentador desportivo afeto aos dragões, em declarações a Bola Branca.
O conhecido comentador e sócio do FC Porto diz que é o momento para uma mudança de liderança. Apesar de gratidão que há para Pinto da Costa pelo que conseguiu, nesta altura não tem condições para superar os problemas financeiros do clube.
"As pessoas não podem só viver de gratidão. Estamos todos gratos ao legado de Pinto da Costa, mas os últimos anos têm dado um prejuízo financeiro de tal maneira ao Porto, que as coisas estão insustentáveis", diz, antes de prosseguir.
"O legado está lá, toda a gente agradece a Pinto da Costa, agora gratidão não paga dívidas, a gratidão não consegue tirar o Porto da situação financeira em que se encontra. Por isso, acho que é altura de aparecerem pessoas com novas ideias alternativas. Depois, os sócios escolherão", entende.
Nestas declarações, Nuno Encarnação mostra-se convicto que André Villas-Boas vai avançar para as eleições de 2024, e explica porquê: "Ele terá os seus 'timings'. Percebo que o faça depois de maturar a apresentação dos resultados do Porto, depois de perceber o estado em que o Porto está no último relatório e contas e depois de perceber as justificações dos prémios da administração".
"Estou com a convicção que André Villas-Boas será candidato em 2024. Pela entrevista que deu, a sua decisão não dependerá se Pinto da Costa será candidato ou não. Julgo que estará à espera do momento certo de perceber quando é que serão as eleições para avançar com a sua candidatura definitivamente", afirma.
Nuno Encarnação aponta o caminho que as possíveis candidaturas deverão tomar para recuperar o FC Porto.
"Aquilo que as pessoas esperam destas candidaturas alternativas à atual direção, é que tragam soluções que esta direção não conseguiu resolver, ou que não conseguiu ter. Tem que se desendividar o clube, tem que se colocar um clube mais competitivo e mais internacional. Tem que ser um clube de dimensão Internacional, que o é nos títulos, mas depois falta no resto", conclui.