O número de pedidos de proteção temporária de cidadãos ucranianos e estrangeiros a viverem na Ucrânia desde o inicio da invasão russa concedidos por Portugal subiu para 26.165, segundo dados hoje revelados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
O SEF adianta ainda que 9.323 são menores.
O SEF tem uma plataforma "online", em três línguas, para pedidos de proteção temporária por residentes ucranianos.
A plataforma "SEFforUkraine.sef.pt" "possibilita a todos os cidadãos ucranianos e seus familiares (agregado familiar), bem como a qualquer cidadão estrangeiro a residir na Ucrânia, fazer "online" um pedido de proteção temporária de um ano, prorrogável por dois períodos de seis meses", segundo o SEF.
No decorrer do processo para proteção temporária em Portugal, os cidadãos que a requeiram têm acesso aos números fiscal, de Segurança Social e do Serviço Nacional de Saúde, pelo que podem beneficiar assim destes serviços e ingressar no mercado de trabalho.
A plataforma contém ainda informação relativa aos demais aspetos de acolhimento e integração de pessoas deslocadas.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.276 civis, incluindo 115 crianças, e feriu 1.981, entre os quais 160 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.