O homem suspeito de ter atropelado um adepto italiano do Sporting vai ficar em prisão preventiva. A decisão da juíza de instrução de criminal foi conhecida este sábado à tarde, após o primeiro interrogatório do homem de 35 anos, que esteve a ser ouvido durante no Tribunal de Instrução Criminal, em Lisboa.
Luís Pina, que tem ligações à claque do Benfica “No Name Boys”, está indiciado pelo crime de homicídio qualificado na forma consumada e por mais quatro crimes de homicídio qualificado na forma tentada.
Inicialmente, e após entregar-se à PJ, o arguido ficou indiciado apenas por um crime de homicídio simples.
A prisão preventiva é a medida de coacção mais gravosa. Segundo um comunicado entregue aos jornalistas, a juíza sustenta a aplicação da prisão preventiva com base nos três pressupostos previstos no artigo 204º do Código de Processo Penal: fuga ou perigo de fuga; perigo de perturbação do decurso do inquérito ou da instrução do processo, nomeadamente, perigo para a aquisição, conservação ou veracidade da prova; ou ainda perigo, em razão da natureza e das circunstâncias do crime ou da personalidade do arguido, de que este continue a actividade criminosa ou perturbe gravemente a ordem e a tranquilidade públicas.
O processo encontra-se em segredo de justiça.
O atropelamento mortal do italiano Marco Ficini ocorreu na madrugada de sábado, dia 22 de Abril, horas antes do dérbi entre Sporting e Benfica, nas imediações do Estádio da Luz.
Marco Ficini pertencia à claque da equipa italiana Fiorentina "O Club Settebello" e era adepto do Sporting. Morreu na sequência de um atropelamento e fuga. A Polícia de Segurança Pública foi chamada ao local depois de alertada para a existência de confrontos e, segundo fonte ligada ao processo, o arguido era o único ocupante da viatura que terá atropelado mortalmente o italiano de 41 anos, versão já confirmada pelos advogados do arguido.