O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, admite que, dada a ausência da W52-FC Porto, a Volta a Portugal em bicicleta, que arranca esta quinta-feira, em Lisboa, "não tem candidato declarado à vitória".
"A ausência da W52-FC Porto abre novas expectavivas, porque não há aquela equipa candidata crónica para ganhar a Volta. Haverá mais indefinição. Não podemos dizer que há um candidato declarado a ganhar esta Volta. Será uma corrida diferente dos últimos 10 anos", afirma Delmino Pereira, em entrevista à Renascença.
A prova fica, desde já marcada, pela ausência da W52-FC Porto, que viu a sua licença suspensa pela União Ciclista Internacional (UCI), por suspeitas de uso de substâncias ilegais, e ainda pela suspensão de outros ciclistas, por parte de algumas equipas, em consequência de buscas efetuadas pela Polícia Judiciária, no âmbito da operação antidoping "Prova Limpa".
Delmino Pereira lamenta todo esta contexto "de grande tensão", mas ressalva que era muito importante levar a prova para a estrada. "Quisemos preservar este evento. Posteriormente teremos de encontrar uma solição para os problemas que temos vivido", afirma.
O presidente da federação explica que para que a 83.ª edição da Volta fosse uma realidade foi necessária muita determinação da organização e dos patrocinadores. Apesar de todas as contrariedades, Delmino Pereira está convencido de que a prova será um sucesso.
"O povo português aprecia, gosta da Volta a Portugal. A prova coincide com as férias dos portugueses, faz parte do programa de férias de muitos portugueses e estou convencido que o povo vai aderir em força", termina.
A Volta a Portugal arranca esta quinta-feira em Lisboa e termina no dia 15 de agosto, em Vila Nova de Gaia.