O primeiro-ministro admitiu, esta quinta-feira, que "tem sido duro" gerir o país em situação de pandemia há mais de um ano, mas assegurou ânimo redobrado e força a triplicar para a execução do Plano de Execução e Resiliência (PRR).
No encerramento do primeiro dia das jornadas parlamentares do Partido Socialista (PS), que decorrem em Caminha (Viana do Castelo), António Costa fez um balanço de mais de meia-hora da primeira metade da legislatura, em jeito de antecipação do debate do estado da Nação, que decorre na próxima quarta-feira.
No final, centrou-se nos desafios para o futuro, e apontou como ambição que o país seja "o melhor" na execução do PRR, depois de ter sido o primeiro a entregá-lo em Bruxelas.
"Este PRR não caiu do céu, nasceu da vontade comum dos europeus, mas também da luta de muitos", afirmou, lembrando que no próximo dia 21 de julho faz um ano que, de madrugada, foi possível aprovar este instrumento a nível europeu.
Perante muitos dos 108 deputados da bancada socialista, António Costa transmitiu a mensagem que diz deixar aos portugueses que o abordam na rua, tanto aos "simpáticos" que lhe desejam "força" para resistir, como aos que dizem que não gostariam de estar na sua pele.
"A todos esses quero dizer o seguinte: tem sido duro, tem, mas é um combate e uma dureza que não nos tiram força, não nos tiram ânimo. Pelo contrário, só nos redobram o ânimo, só nos triplicam a força. Vamos ser os melhores a executar o PRR, vamos salvar as nossas empresas, vamos criar mais e melhores empregos", apelou.
António Costa abordou ainda as críticas ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), exigindo um pedido de desculpas a quem perspetivava o caos.
"Ouvimos dizer que ia faltar tudo no SNS. Que ia haver rutura no SNS. Que os médicos iam ter de ter necessidade de escolher quem vivia e quem morria. Nós ouvimos isso tudo e os que o disseram devem-se lembrar e devem pedir desculpa pelo aquilo que direção", afirmou o primeiro-ministro.
O chefe do Executivo voltou a colocar de parte uma remodelação do Governo, elogiando o atual ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que se encontrava entre o público.
"Quero saudar o recordista dos ministros da Educação, pelo excelente trabalho e a continuidade das suas políticas", disse António Costa.