O embaixador Martins da Cruz realça Mikhail Gorbachev como "um realista" que soube "ler os sinais e dar os passos necessários" para acabar com o comunismo.
Em reação à morte do oitavo e último líder da União Soviética, à Renascença, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros refere que os Estados Unidos de Ronald Reagan superou a União Soviética, do ponto de vista tecnológico, o que obrigou o regime de Leste a adaptar-se.
"E do ponto de vista ideológico, Gorbachev reconheceu a falência do marxismo leninismo", aponta.
Martins da Cruz destaca que Gorbachev teve "uma resistência interna muito grande", mas acabou por conseguir o que pretendia.
"E, ao conseguir, ganhamos todos", considera.
Mikhail Gorbachev, último líder da União Soviética, morreu esta terça-feira aos 91 anos, avançam agências de notícias russas, citando fontes hospitalares.
O antigo líder soviético será enterrado no cemitério Novodevichy, em Moscovo, ao lado da sua esposa Raisa, que morreu em 1999, segundo a agência noticiosa Tass, que cita fonte próxima da família.