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A Direção-geral da Saúde está preparada para reforçar a monitorização, numa fase em que Portugal se prepara para a reabertura social e económica, implementando medidas de desconfinamento.
Para isso, disse Graça Freitas, a DGS conta com a ajuda de uma plataforma informática chamada “Trace Covid”.
“Agora que vamos entrar numa nova fase epidémica – e só estou a falar da epidemia, não de outras questões do desconfinamento – terá de haver reforço da monitorização, e esse reforço será feito com recurso não só aos métodos tradicionais, de isolar os contactos e evitar cadeias de transmissão secundária, terciária e quaternária – mas também com novas tecnologias. Há uma nova plataforma, que se chama ‘Trace Covid’, que ajuda as autoridades de saúde e as suas equipas a encontrar esses contactos.”
Na conferência de imprensa deste sábado, ao início da tarde, a diretora-geral Graça Franco recordou o trabalho intensivo que foi feito há dois meses, quando surgiram os primeiros casos em Portugal, o que mostra que será possível voltar a fazer esse trabalho, para que os números não piorem durante a fase de desconfinamento.
“Tivemos uma fase inicial, faz hoje dois meses – quase nos esquecemos que tivemos uma fase inicial de grande contenção da doença – em que de facto, houve um papel muito importante da linha de apoio ao médico que permitiu fazer triagem e que os serviços de saúde dos hospitais de referência não tivessem sido invadidos por pessoas que pensavam ter a doença. Houve uma grande capacidade de organizar essa primeira fase. Depois houve grande capacidade dos hospitais de tratar estes doentes e das equipas de saúde pública de irem atrás dos contactos destas pessoas doentes.”
A diretora-geral Graça Freitas pediu ainda que as pessoas que saibam que estiveram em contacto com algum doente tomem a iniciativa de serem elas a contactar as autoridades.
“Estamos a apelar a pessoas que foram contacto de um doente para que procurem a linha SNS, para se identificarem voluntariamente. Esta será a primeira linha de contacto. A partir daí as autoridades confirmarão a história epidemiológica para ver se se foi um contacto de alto, médio ou baixo risco.”
“O confinamento continuara a existir para estas circunstâncias. Seno que pode ser seguido de forma ativa – todos os dias as pessoas serem contactadas pelas autoridades – ou serem as próprias pessoas a contactarem as autoridades”, explicou ainda.
Graça Freitas recorda que com o desconfinamento aumentam as probabilidades de contactos entre pessoas e saudáveis e infetados, pelo que a vigilância é ainda mais necessária.
“Vamos continuar a ter vigilância para conseguir os bons resultados que tivemos no início. Agora, com o desconfinamento vamos aumentar o número de contactos e o risco será maior do que era em confinamento”, concluiu.