Marcelo Rebelo de Sousa diz que os Açores não podem ser sacrificados em termos de fundos comunitários.
De visita a Ponta Delgada para as celebrações do Dia de Portugal, Marcelo não escondeu que uma das razões da sua visita foi para chamar atenção dos “distraídos” para a realidade açoriana.
Sem ninguém lhe perguntar, Marcelo Rebelo de Sousa já disse que não é irrelevante haver cortes na coesão e na Política Agrícola Comum, nem é irrelevante a dimensão desses cortes.
E se há região que merece fundos comunitários, diz o Presidente, é a dos Açores: “Uma das realidades que existe e que é conhecida ao nível da Europa é que há uma divisão regional em termos de desenvolvimento social e económico no nosso país. Algumas regiões estão acima da média e outros estão abaixo, razão pela qual os fundos vão sobretudo, tradicionalmente mais para as que estão abaixo da média e as que atingem um determinado patamar têm dificuldade em receber fundos.”
“Infelizmente o que se passou desde sempre – é uma tendência antiga – é que uma das regiões que merece fundos e precisa de fundos e que não pode ser prejudicada pelo corte dos fundos é a região autónoma dos Açores”, diz.
E sendo assim, não é inocente a comemoração do 10 de junho no arquipélago em plenas negociações do quadro financeiro pós 2020, confirma.
“O 10 de Junho é cá por uma questão de justiça. Teria de ser cá, como terá de ser na Madeira. Além disso tem uma vantagem adicional, que é os portugueses que estão distraídos perceberem o que existe nos Açores, o que se está a fazer nos Açores e como é importante conhecer para se poder gostar. Ninguém gosta do que não conhece.”
Nos próximos seis a nove meses, antes da campanha eleitoral para as eleições europeias, Marcelo quer ver o próximo quadro financeiro europeu fechado.
Marcelo dedicou este ano as celebrações do 10 de Junho aos Açores. Para além da visita ao arquipélago, o Presidente vai ainda passar tempo com as comunidades açorianas emigradas nos Estados Unidos.