Veja também:
- Guerra na Ucrânia ao minuto
- Reportagens na fronteira com a Ucrânia
- Armas nucleares. Quantas existem e quantos países as têm?
- A um passo dos crimes de guerra. Bombas de fragmentação e termobáricas na Ucrânia
- Todas as notícias sobre a Guerra na Ucrânia
- Quem é Volodymyr Zelensky?
- Como ajudar a Ucrânia e os ucranianos?
No dia 28 da guerra entre Rússia e Ucrânia, a NATO admitiu querer reforçar as tropas no leste da Europa e a Alta-Comissária para as Migrações admitiu, à Renascença, que há indícios de casos de tráfico humano de refugiados ucranianos chegados a Portugal.
Depois de muita polémica, a Ucrânia disse não querer Mário Machado a combater pelo país.
A NATO estima que entre sete mil e 15 mil soldados russos foram mortos num mês de combates na Ucrânia. A informação é avançada pela agência de notícias Associated Press, que cita, sob anonimato, fonte da Aliança Atlântica.
A Renascença resume os principais pontos de mais um dia de conflito.
NATO quer reforçar tropas no Leste
O secretário-geral da NATO afirmou esta quarta-feira esperar que os líderes da Aliança aprovem, na cimeira que decorre na quinta-feira, "grandes aumentos" de forças no leste da Europa, com o envio de quatro grupos de combate adicionais.
“Na cimeira de amanhã [quinta-feira], iremos tomar mais decisões. Eu espero que os líderes concordem em fortalecer a postura da NATO em todos os domínios, com grandes aumentos das nossas forças na parte oriental da Aliança, na terra, no ar e no mar", disse Jens Stoltenberg.
"Em conjunto com as nossas forças já existentes nos países bálticos e na Polónia, iremos ter oito grupos de combate multinacionais da NATO em todo o flanco oriental, desde o Báltico até ao Mar Negro", disse.
Os chefes de Estado e de Governo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) reúnem-se presencialmente esta quinta-feira em Bruxelas, no dia em que fará precisamente um mês desde o início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro. Zelensky, presidente da Ucrânia, é convidado a falar no evento.
Há indícios de casos de tráfico humano entre refugiados ucranianos
Com a chegada diária de refugiados ucranianos a Portugal, começam a surgir sinais de eventuais casos de tráfico de seres humanos. "Estamos muito atentos ao acompanhamento que fazemos, para podermos sinalizar imediatamente às autoridades competentes situações suspeitas", diz a Alta-Comissária para as Migrações, Sónia Pereira.
Em entrevista à Renascença, Sónia Pereira afirma ainda que "não há uma previsão do limite" de migrantes que Portugal possa acolher. "Ainda não temos razões para temer uma rutura", refere.
Ucrânia não quer Mário Machado a combater
Depois do Tribunal ter suspendido as medidas de coação que permitem a Mário Machado ir para a Ucrânia combater, agora é o próprio país a dizer que não quer a presença do confesso neonazi.
O Diário de Notícias (DN) escreve esta quarta-feira, citando o adido militar da Embaixada da Ucrânia em França, que “a ausência de condenação por crimes, comprovada através do registo criminal, é um dos critérios chave para a aceitação de candidatos na Legião Internacional de Defesa Territorial das Forças Armadas da Ucrânia”.
"A pessoa que refere não pode ser aceite”, garante ao jornal o coronel Sergii Malyk.
Rússia acusa EUA de dificultarem negociações
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo acusou os Estados Unidos de estarem a dificultar as negociações de paz.
“As negociações são difíceis, o lado ucraniano está sempre a mudar a sua posição. É difícil evitar pensar que os nossos colegas americanos estão a dar-lhes a mão”, considerou Sergey Lavrov, citado pela AFP.
Por sua vez, o porta-voz do Pentágono dos Estados Unidos, John Kirby, elogiou a forma como as tropas ucranianas têm defendido o país.
“Os ucranianos estão um pouco mais na ofensiva agora. Têm defendido de forma muito inteligente, muito ágil e criativa em locais que pensam ser os mais corretos para defender.”
As forças militares da Ucrânia têm montando uma defesa muito dura. Os russos não alcançaram nenhum dos objetivos estratégicos que se propuseram ou, certamente, não sem perdas."