Os taxistas de Lisboa receiam que a abertura ao trânsito da Avenida da Liberdade, durante o protesto dos profissionais do setor, pode traduzir-se em provocações e a um aumento da tensão.
“Às 7h30 da manhã fomos confrontados com esta situação, manifestamos preocupação a polícia. Poderá eventualmente haver provocações, e já houve algumas provocações, alguns ‘amigos’ que andam aí de motos e de carros a incentivar à violência dos nossos colegas”, disse à Renascença Carlos Ramos, da Federação do Táxi, garantindo que "não era isto o que estava combinado".
"Há uma mudança muito musculada por parte da polícia, considerando a situação de ontem e a situação de hoje. Não se percebe perfeitamente porque é que houve esta alteração", adianta.
Os taxistas estão concentrados desde quarta-feira de manhã em Lisboa, Porto e Coimbra, com as viaturas paradas nas ruas, para tentar impedir a entrada em vigor, em 1 de novembro, da lei que regula as plataformas eletrónicas de transporte de passageiros em veículos descaracterizados.
Segundo a organização, nas ruas estão parados, no total, cerca de 1.600 viaturas. Em Lisboa, na Avenida da Liberdade, às 12h30 fez-se ouvir um sonoro “buzinão” de protesto.
Em Portugal operam quatro plataformas eletrónicas de transporte de passageiros: Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé.