A Comissão Europeia conta gastar 125 milhões de euros até 2020 na prevenção dos incêndios, afirmou esta terça-feira o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas.
“Tenho estado a apostar na investigação e prevenção e vamos, nos próximos anos, até 2020, investir mais 125 milhões de euros num estudo deste tipo de catástrofes e ver como podemos prevenir em vez de remediar. Aqui a palavra é prevenção. A prevenção é melhor do que a cura e é nisso que vamos trabalhar em termos de investigação e ciência”, afirmou o comissário português.
Carlos Moedas deslocou-se esta terça-feira a Mação, um dos concelhos mais fustigados pelas chamas neste Verão.
Quanto a uma reforma florestal europeia, o comissário afasta a hipótese e explica que se trata de uma matéria de âmbito nacional.
“É competência dos governos regionais e temos de respeitar essa competência. Aquilo que a Europa pode fazer é ser um exemplo das melhores práticas e poder mostrar, explicar, através da investigação e da ciência, aquilo que são as melhores práticas nos vários países da União Europeia”, começa por dizer.
As políticas para a floresta são de âmbito nacional e “devemos respeitar. Mas não nos devemos envolver directamente, até porque é bom ter nas pessoas a clareza daquilo que é a Europa e o que é que a Europa faz e o que os países fazem, mas obviamente estamos para ajudar naquilo que for necessário”, garante Carlos Moedas.
Mais de um terço da superfície ardida na União Europeia situa-se em Portugal. Até ao dia 12 de Agosto, tinham no país ardido mais de 165 mil hectares – ou seja, mais de 16 vezes a área do concelho de Lisboa.
Em termos nacionais, este é o ano mais negro de toda a década.