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O prolongamento do estado de emergência, que deve ser anunciado quinta-feira pelo Presidente da República, vai “apertar um bocadinho” as regras sobre deslocações permitidas. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, António Costa, na SIC, onde esteve esta quarta-feira, no Programa da Cristina.
“Acho que vamos ter de apertar um bocadinho para dar um sinal mais claro que não é mesmo para andar de um lado para o outro”, disse António Costa, remetendo mais clarificações para o decreto do Presidente, que o Governo aprecia esta tarde e será discutido amanhã no Parlamento, e para a concretização que o executivo depois lhe vier a dar.
“Temos de fazer este esforço agora para que dure o mínimo de tempo possível”, acrescentou o primeiro-ministro, para quem seria desejável começar a aliviar as medidas de distanciamento social e de encerramento de atividades económicas no fim de abril.
“O sonho que todos temos era começar a abrir um pouco as portas no fim deste mês de abril”, disse Costa, mas ressalvando que não sabe dizer se tal será possível. “Não sei dizer, nem ninguém sabe dizer”, reconheceu o primeiro-ministro, adiantando que a atual situação pode durar “um mês, dois meses, três meses”.
No programa de entretenimento, onde a conversa teve também vários momentos de pendor mais pessoal, António Costa quis também deixar um apelo aos portugueses para que não se desloquem no período da Páscoa e aos emigrantes para que não venham a Portugal.
“As pessoas têm de ficar mesmo em sua casa, não podem ir à terra”, disse o primeiro-ministro, acrescentando: “Há uma coisa duríssima, mas que temos mesmo de dizer aos nossos emigrantes: este ano não venham, fiquem. Antes de mais, porque se vierem não podem mesmo sair de casa.”