A Associação Portuguesa das Empresas Petrolíferas (Apetro) deixa a porta aberta a um aumento dos combustíveis na próxima semana.
Em declarações à Renascença, António Comprido admite que “pode haver uma pequena variação” e que a evolução das cotações dos produtos refinados, quando comparada com a da semana anterior, “não faz antever uma descida”.
Questionado sobre valores exatos para essa variação, o secretário-geral da Apetro diz ser prematuro avançar com cenários, “porque a semana ainda não está fechada”.
“A semana começou com uma tendência de subida que se foi atenuando ao longo da semana. Vamos ver se o valor médio da semana será superior ao da semana anterior ou não”.
Se esse cenário se confirmar, “isso vai ter reflexos junto do consumidor final”.
Crise no Mar Vermelho? Rutura de stocks “não é previsível”
Noutro plano, o secretário-geral da Apetro afasta, por agora, um cenário de crise na disponibilidade de combustíveis motivada pelas tensões no Mar Vermelho.
"As nossas importações não são, basicamente, da área do Médio Oriente, são muito de África e do Brasil e, portanto, não são afetadas diretamente por aquilo que se está a passar”, esclarece António Comprido que, contudo, lembra que o comportamento dos mercados é “global” e que as cotações oscilam em função da incerteza.
"Mas aquilo que leio e que vejo é que não é previsível [uma rutura de stocks], a não ser que houvesse um agravamento muito grande do conflito e que haja um impacto muito significativo nas cotações dos produtos”.
Por agora, António Comprido diz que esse não é o cenário e, portanto, a crise do Mar Vermelho "também não se reflete nos preços aos consumidores”.