Um petroleiro russo foi atingido por um drone marítimo ucraniano, no estreito de Kerch, no Mar Negro, na madrugada deste sábado. A informação foi avançada pela agência russa TASS, que cita fontes oficiais da região da Crimeia.
A casa das máquinas do navio russo terá ficado danificada durante o ataque. Nenhum dos 11 tripulantes ficou ferido, segundo a mesma fonte.
O Governo de Kiev ainda não comentou publicamente o ataque que surge numa altura de intensificação da contraofensiva ucraniana.
Na sexta-feira, o Ministério russo da Defesa garantiu ter impedido um outro ataque ucraniano, também com recurso a drones marítimos, que visou um dos maiores portos do Mar Negro.
Moscovo disse ter frustrado uma investida noturna de duas embarcações não tripuladas e provenientes da Ucrânia.
Os drones marítimos terão sido detetados e destruídos por navios russos que guardavam a base naval de Novorossiysk. Tratou-se do primeiro ataque do género contra um importante porto petrolífero russo.
Cerca de 30 países discutem caminhos para a paz na Arábia Saudita
A cidade de Jeddah na Arábia Saudita acolhe, este fim de semana, uma cimeira que reúne 30 países, incluindo os EUA, Brasil, Índia e África do Sul, com o intuito de encontrar soluções que coloquem um ponto final na guerra na Ucrânia.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, diz esperar que esse seja um primeiro passo para alcançar uma cimeira da paz global.
“É muito importante porque, no que diz respeito à questão da segurança alimentar, o destino de milhões de pessoas em África, na Ásia e noutras partes do mundo, depende diretamente da rapidez com que o mundo executa a fórmula de paz. Passo a passo, estamos a avançar para a Cimeira Mundial para a Paz. Todos beneficiarão com o fim justo e equitativo da agressão russa”, declarou Volodymyr Zelensky, numa comunicação em vídeo.
A reunião a realizar-se na Arábia saudita não contará com a presença da Rússia. Moscovo classifica esse encontro, que junta vários países ocidentais, como “uma coligação anti-Rússia”.
Segundo as agências internacionais, a China confirmou a presença, no evento, através de um comunicado.
Em fevereiro, Pequim apresentou um plano de paz, em que reafirma a sua postura sobre a invasão da Ucrânia, nomeadamente o apelo ao respeito pela soberania e ao diálogo e à recusa do uso de armas nucleares, mas não contempla a retirada russa de territórios ocupados à Ucrânia.