O caso relativo à morte de seis estudantes da Universidade Lusófona na praia do Meco conhece uma nova fase. Começa esta segunda-feira o debate instrutório, a pedido das famílias.
A diligência chegou a estar marcada para Novembro do ano passado, mas os pais dos jovens suscitaram um incidente de recusa do juiz de instrução, alegando proximidade entre este magistrado e o procurador do Ministério Público de Almada que arquivou o inquérito, mas o Tribunal da Relação de Évora rejeitou o pedido.
Durante a instrução do caso Meco deverão ser ouvidas novas testemunhas que não foram ouvidas durante a investigação e há mesmo a probabilidade de João Gouveia, o "dux" da Lusófona, o único sobrevivente e arguido no processo, falar à justiça.
O juiz de instrução de Setúbal deverá ouvir a filha do reitor da Lusófona, professora na instituição, e ainda outros dois estudantes da Universidade. Nomes apresentados pela defesa das vítimas.
Tudo aponta para que João Gouveia dê a sua versão dos factos e fale também perante o juiz para explicar o que terá acontecido naquela noite de 15 de Dezembro de 2013.
O caso chegou a ser arquivado, as autoridades judiciais consideravam não haver qualquer indício de crime, mas inconformada a família dos seis jovens que morreram pediu a abertura de instrução e reabertura do processo.
Os pais consideram que há elementos do processo que não são claros no despacho de arquivamento e que, por outro lado, não há referência a determinados elementos de prova.