O presidente do Chega acusou, esta sexta-feira, o primeiro-ministro de pensar apenas na sua própria sobrevivência política e de, com isso, colocar em causa a verdade no que respeita a declarações do Governo à comissão parlamentar de inquérito à TAP.
"António Costa, neste momento, só está a pensar na sua própria sobrevivência política, é isto que está a pôr em causa a verdade, mas a verdade tem de vir ao de cima, mais cedo ou mais tarde", disse André Ventura, em Lisboa.
André Ventura repetiu que foram proferidas "mentiras" pelo Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), que disse à comissão ter tomado a iniciativa de chamar o SIS, e pelo ministro das Infraestruturas João Galamba, sobre contactos com o secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro António Mendonça Mendes, e insistiu na necessidade de uma remodelação governamental.
O presidente do Chega regressou esta sexta-feira de Roma, onde se encontrou com o vice primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini.
André Ventura falava com os jornalistas antes de um encontro com uma delegação do ex-presidente brasileiro, encabeçada por Eduardo Bolsonaro [filho de Jair Bolsonaro], tendo em vista a aproximação entre os dois partidos.
O líder do Chega explicou que este foi o primeiro encontro presencial entre os dois partidos, "para sedimentar" a aproximação das causas que são comuns com o Partido Liberal no Brasil.
Quanto ao encontro com Mateo Salvini, na quinta-feira, o objetivo foi a preparação das eleições europeias no próximo ano e para trabalhar para uma maioria de direita do Parlamento Europeu, que permita mudar a Presidente da Comissão Europeia e haja uma maioria de trave "muita da linha de contra-civilização" que tem sido o Parlamento Europeu, segundo André Ventura.