Cerca de meia centena de polícias estiveram esta quinta-feira de manhã concentrados em frente ao Palácio da Ajuda, em Lisboa, onde está a decorrer o Conselho de Ministros para exigirem um subsídio de risco "digno e justo".
O protesto é convocado por uma plataforma constituída por associações socioprofissionais da GNR e sindicatos da PSP, mas na concentração estão presentes sobretudo elementos da Polícia de Segurança Pública.
Vestido com camisolas pretas e ao som de música clássica, os polícias exibem cartazes onde se lê "pelo subsídio de risco", "não somos polícias de segunda", "exigimos respeito" e "arriscamos a vida todos os dias".
Os elementos da PSP e da GNR contestam a proposta do subsídio de risco apresentada pelo Governo e exigem um suplemento no valor de 430,39 euros, valor idêntico atribuído a outras polícias, como os inspetores da Polícia Judiciária e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
As associações da GNR e os sindicatos da PSP têm marcada para hoje uma nova concentração, às 18h00, na Praça do Comércio, junto aos Ministérios da Administração Interna e das Finanças, onde será entregue um memorando conjunto com as reivindicações.
O Ministério da Administração Interna (MAI) apresentou às estruturas da PSP e da GNR um novo suplemento por serviço de risco nas forças de segurança, que substituirá o atual suplemento por serviço nas forças de segurança, e contempla a majoração do valor consoante as funções desempenhadas pelos polícias.
De acordo com o MAI, a proposta para a componente fixa do suplemento por serviço nas forças de segurança (atualmente de 31 euros) prevê 100 euros por mês para os elementos em funções de ronda e patrulha, 90 euros para quem têm funções de comando e 80 euros para os restantes operacionais da PSP e GNR, significando, na prática, um aumento de 68, 59 e 48 euros respetivamente.